Você sabia...
Que tecnicamente o lago da Usina de Itaipu não é uma represa?
Para funcionar, as usinas hidrelétricas tradicionais necessitam de um volume de água passando pela turbina e para isso são construídas barragens que represam as águas dos rios e formam um grande lago. Estas usinas possuem um reservatório de acumulação que estoca água para manter a usina funcionando mesmo em períodos de menor volume de chuvas.
Estes reservatórios de acumulação servem como reguladores da vazão dos rios, retendo água no período de chuvas, evitando enchentes, e no período de estiagem liberam a água estocada, evitando que o rio fique com nível muito baixo e prejudique as populações ribeirinhas.
Normalmente estas usinas são capazes de funcionar mesmo havendo uma grande variação do nível de seus reservatórios. Exemplo de usinas com reservatório de acumulação são Furnas, Sobradinho, Três Marias, Ilha Solteira e tantas outras.
O inconveniente deste tipo de usina é que normalmente os reservatórios ocupam uma área muito grande, gerando impactos ambientais e sociais com desapropriação de áreas produtivas e forçando a mudança de lugar da população.
Para minimizar estes impactos foram criadas as usinas a fio d'água que funcionam com a força da correnteza dos rios, não necessitando estocar grandes volumes de água.
Normalmente estas usinas possuem um reservatório relativamente pequeno, que ocupa as áreas mais baixas das margens e estão localizadas abaixo de outras usinas com reservatório de acumulação que controlam o fluxo da água.
Os reservatórios das usinas a fio d'água apresentam pequenas variações do nível, uma vez que toda a água que chega é usada gerando energia ou é escoada pelo vertedouro. Exemplos de usinas a fio d'água: Itaipu, Belo Monte, Mascarenhas e outras.
A usina de Itaipu, por exemplo, funciona com uma variação muito pequena, sua cota mínima é 219 m acima do nível do mar e a máxima 220,3 m.
Foto: Barragem da Usina de Itaipu - Fonte: Itaipu Binacional
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